terça-feira, 12 de outubro de 2010

Terça-feira. Quarta-feira. Quinta-feira. Os dias da semana são seguidos sem alterações. Um novo dia na vida de Mariana é apenas a repetição do dia anterior. Mariana vive uma rotina. Sexta-feira. Mariana recebe seu pagamento no final do dia. Volta para seu quarto bolorento. Penteia os cabelos novamente. Segue em direção a casa do dono do quartinho para pagar o aluguel. Mariana pensa estar feliz.
A cada novo dia, uma nova escolha. A cada novo minuto, um nova decisão. Assim têm sido os dias de Rafael. A confusão entre saber se segue seu próprio coração ou o que todos dizem que é melhor para ele, existe. Todo o tempo. Mas Rafael é atrevido. Vai em busca do que provoca medo também. É o que seu coração pede. É o que ele precisa descobrir. Sozinho.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Medo

Esses dias eu tive medo. Tive medo não do desconhecido, mas do que eu passara a ter conhecimento. Algo teve mais impacto do que eu imagina, em mim. E de repente, mexeu com todo o meu eu. É estanho como uma simples frase pode ser tão assustadora. Mas é compreensível, afinal, "há palavras que são piores que socos". Mas o meu medo não foi nem tanto pelo fato do saber, mas sim, pelo perder. Uma angústia instalara-se em mim quando percebi que no momento em que eu tinha, já não podia ter depois. Graças, parte disso ser ilusão. O medo é assim: nos cega do que realmente está acontecendo e nos faz enxergar uma situação totalmente diferente. Nos faz deixarmos de arriscar, por medo da falha. Mas... e se não ocorrer falhas? E se na verdade, ser o caminho para o ACERTO? Eu sei que hoje meu medo se dissipara, e também sei que nada o impede de voltar, mas a fé em mim mesma me faz tentar fazer valer.